O país é palco de fortes protestos que pedem a saída do ditador Ali Abdullah Saleh desde o dia 27 de janeiro. As manifestações já forçaram Saleh a decretar estado de emergência no Iêmen e a garantir que deixará seu cargo antes do fim deste ano.
A fonte disse que "a Al Jazira divulgou notícias sobre demissões fictícias de embaixadores, diplomatas, altos comandantes militares e líderes iemenitas". Além disso, acusou os correspondentes da emissora de "exagerar nos fatos para provocar confusão e caos entre a população iemenita e transmitir uma má imagem aos telespectadores árabes e estrangeiros".
O dirigente afirmou também que o governo tem o direito de processar judicialmente a emissora "pela atividade contrária à unidade, à estabilidade e à segurança do Iêmen, ao instigar a intolerância e a violência em uma tentativa de provocar uma guerra civil". Nesse contexto, a mesma autoridade responsabilizou a Al Jazira "pelo sangue derramado nas ruas iemenitas".
Mea-culpa - Um erro, admitido nesta quarta-feira pela Al Jazira, respaldou a ação do governo. A emissora, que havia divulgado uma fita de vídeo mostrando casos de tortura em um presídio de Sana’a, assumiu que as imagens foram gravadas "em uma prisão de outro país" e pediu desculpas pela falha. Segundo as autoridades, a gravação foi feita no Iraque.
No dia 19 de março, o governo iemenita expulsou do país dois correspondentes da emissora que cobriam as manifestações contra Saleh. Os dois jornalistas foram acusados de infringir as normas do ministério de Informação, já que entraram no país com vistos de turista.
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