terça-feira, 10 de maio de 2011

Al Qaradawi, a estrela da al-Jazira

Yusuf al-Qaradawi, um dos líderes da irmandade muçulmana e apresentador do programa ash-Shariah wal-hayat ("Sharia e vida"), transmitido pela al-Jazira e que tem audiência de aproximadamente 40 milhões de pessoas mundo a fora


Há poucos dias (18 de Fevereiro) Yusuf Qaradawi, chefe espiritual da Irmandade Muçulmana, arengou às massas e ao mundo, na Praça Tahrir.

Qaradawi, até aqui asilado no Qatar, era protegido pelo autocrata local que lhe garantiu na Aljazeera um excelente megafone a partir do qual espalha aos quatro ventos a mensagem da jihad e do genocídio dos judeus.

Na Praça Tahrir, o palco é agora da Irmandade Muçulmana e os muito louvados activistas ditos seculares, como Wael Ghonim, o homem do Google, não foram sequer autorizados a por lá os pés. Para os islamistas não passam de equivalentes dos idiotas úteis caracterizados por Lenine. Fizeram o seu papel, suscitaram o entusiasmo das naives intelligentsias ocidentais e convenceram o Ocidente, (desejoso de ser convencido), que a revolução era, mais uma vez, doces e bolos e que a democracia liberal já aí vinha. O regime caiu e, agora que já não são necessários, chega a gente que não brinca em serviço e mostra ao que vem: Qaradawi apelou à destruição de Israel e à jihad. Com milhões de adeptos a berrar “Allahu Akhbar,” Qaradawi pediu a conquista de Jerusalém e exigiu ao exército egípcio que abra as fronteiras de Gaza e apoie o Hamas.

O que fez a intelligentsia esquerdista ocidental, que tem incensado Qaradawi como um esteio da democracia e do pluralismo (o homem chegou a ser convidado de honra do ex-Mayor de Londres, Ken Livingstone, que agora é assalariado de Hugo Chavez) e não tem poupado esforços para lavar a imagem da Irmandade Muçulmana?

O que sempre faz, quando o resultado dos seus entusiasmos não é aquele que apregoava: assobia para o ar e faz de conta.

Fê-lo na “Revolução Iraniana”, nos “Gulags”, nos Killing Fields, etc.

Ora a Irmandade, organização fundada em 1928, financiada pelo Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, que em 1939 liderou gigantescos pogroms no Egipto, que apela à jihad, que apoia o terrorismo contra os judeus e o Ocidente, que glorifica os bombistas suicidas, que matou Sadat, etc, é vista como um parceiro respeitável até por altos responsáveis da Adminstração Bobama. James Claper, o homem da National Inteligence, garantiu recentemente ao Congresso que a Irmandade é, pasme-se, essencialmente secular, porque, justificou, se é verdade que tem fundamentalistas islâmicos, também tem profissionais, como médicos, engenheiros, etc.

Como se os detentores de graus académicos fossem “moderados” por definição.

Como se Al-Zawari não fosse médico. Como se Mohamed Ata não fosse engenheiro. Como se Louçã não fosse professor universitário.

Secular, uma organização que tem como lemas “o Islão é a solução; Alá é o nosso guia; o Profeta é o nosso líder; o Corão é a nossa Lei; a jihad é o nosso caminho; morrer no caminho de Alá é o nosso objectivo.”

A cegueira ideológica é a pior cegueira.

O clérigo radical Yusuf-al-Qaradawi foi banido nos EUA e ficou conhecido por ser o mais emérito pregador do bombismo suicida, o qual abençoa com o glorioso epíteto de heróica operação de martírio”.
O mesmo Sr Qaradawi respaldou a eventual morte da Drª Wafa Sultan. O mesmo Sr Qaradawi afirma que “as mulheres e crianças sionistas podem e devem ser atacadas porque não são como as nossas”.


Wafa Sultan:
http://youtu.be/ilrV--_4nAI

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