E o roteiro já é conhecido: “não posso ser anti-semita já que os ‘verdadeiros judeus‘ também são contra a criação do país antes da realização das profecias”.
Não deixa de ser engraçado que justo os que negam legitimidade ao Estado de Israel (um país onde aproximadamente 60% da população judaica é nativa do Oriente Médio) tragam uma pequena seita ultra-ortodoxa – formada por apenas algumas centenas de pessoas – criada no leste europeu como exemplo de “verdadeiro judaísmo”. Como se esses fossem capazes de distinguir o judaísmo de uma linguiça...
O sionismo é uma ideologia que defende que judeus têm direito à autodeterminação em seu próprio Estado soberano e uma parte de sua pátria histórica. Ele entende que os judeus são uma nação (nação, e não raça, como alguns anti-semitas/sionistas acusam) com religião, história e cultura em comum, e como tal têm direito à autodeterminação, como todas as outras nações.
Se opor ao sionismo significa a recusa em aceitar a sua manifestação política – Israel como uma entidade legítima. Assim, o anti-sionismo nega ao povo judeu o que é oferecido a todas as outras nações (com maior ênfase sobre os palestinos, que nunca foram um povo ou nação): o seu direito a nacionalidade, a autodeterminação e coexistência com os outros membros da família de nações.
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